ooooi *----*

eu sei que a minha busca não tem nada de legal. mas não custa nada ler, haha -q

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

emboscada'

"pra que se esconder se não é capaz? [...] se você não percebeu é uma emboscada, armadilha ♪"

Estava correndo por um lugar familiar. Mas eu não o reconhecera totalmente.
Estava escuro, e as árvores impediam minha total visão. De dentro delas, uma voz clamava por mim, mas não sabia se tinha certeza de quem poderia ser. Tudo o que conseguia era soltar alguns gemidos, enquanto corria desesperada por um enorme portão que me cercava e outro. Eram 4 no total. Imensos. Isso os definia.
Podia ouvir as badalas de um relógio, enquanto corria desesperadamente entre um e outro portão.
Era como se os gritos se intensificassem e eu pudesse ouvir várias pessoas ao mesmo tempo. Estava tudo muito confuso.
Algo gritou meu nome com uma clareza tão absurda que foi impossivel não olhar.
Lá estava a mulher, a de outros pesadelos, a que trazia meu pânico. Ela me encarava com seus olhos cor de escarlate cintilantes, enquanto seu cabelo balançava soavemente como seda pelo vento.
Eu não sentia medo. E mesmo se sentisse, não teria como correr. Simplesmente não sentia minhas pernas. Era um fascinio. Eu sabia que, ela queria me eliminar; mas não sabia por que.
Dei um passo à frente. Uma voz em minha cabeça, ecoou frenéticamente: "Volte. Corra. Fuja!"
Eu sabia que deveria realmente fazer isso, mas algo me empedia de fugir. Era um curiosidade impossivelmente controladora. Seus olhos estavam famintos, sedentos. E eu era o prato principal; deduzi.
Era como se, todos os meus medos, fossem sedutores e me causassem pânico ao mesmo tempo. Era uma escuridão que, eu me esforçava para fugir, e ao mesmo tempo, me lançava nela.
Talvez eu não devesse ter matado todos os meus heróis. Um deles poderia estar ali para me segurar se eu cair. Mas eu estava tão só; tão despreparada; tão desarmada.
Eu não me sentia segura. Então a mulher de meus pesadelos, estava parada na minha frente, com o rosto a centímetros do meu. Podia ver seus olhos me seduzindo. Os gritos se intensificavam, então a voz gritou em minha mente: "Dane-se. Sempre eu que tenho de protêge-la. Espere aí. Já vou."
Não tive tempo para esperá-lo. O monstro já havia me golpeado, e eu estava sangrando novamente, as minhas feridas que nunca se cicatrizavam. Era uma emboscada. Eu estava com medo.
Ele tinha me deixado, e eu precisava me salvar para poder salvá-lo.
Eu precisava provar para mim mesma e para ele que, a criancinha era mais forte do que parecia. Eu só não sabia como.

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